O tempo passou, as experiências vieram e
fui apresentada a outra ideia de felicidade. A gratidão.
Li em algum lugar que esta é a maior
conexão com o divino que podemos ter. Gastamos nosso tempo e energia procurando
a felicidade, lutando por ela e não percebemos o grande nível de auto
centramento contida nessa busca frenética. E muitas vezes chamamos de
felicidade o que, na verdade, é apenas prazer.
A gratidão, ao contrário, só nos pede olhos
para ver. Comece pelo básico: se está respirando e tem consciência disso, já
pode começar a agradecer. Tem uma casa para morar e comida para matar a fome? Família?
Filhos? Trabalho? Amor? Amigos? Saúde? Momentos de lazer? Capacidade de
aprendizado? Vive longe de zonas de conflito ou de desastres naturais? Basta olhar
com amorosidade para tudo o que normalmente ignoramos e enxergaremos a abundância
ao nosso redor. São muitos os motivos para agradecer.
De repente teremos mais energia para buscar
aquilo que desejamos, mas com alegria e não com a ansiedade de quem só se
sentirá feliz se conquistar isso ou aquilo.
Se não acredita nisso, tente praticar a
gratidão a partir de hoje. É preciso ir do mais simples ao mais complexo. Provavelmente
o começo vai ser estranho porque o coração pode já estar revestido de tefflon e
talvez não haja a percepção de que uma cama confortável é privilégio neste
mundo onde uma em cada dez pessoas, ou 767 milhões, sobrevivem com menos de US$
1,90 (ou R$ 7,0) por dia.
Aos poucos vamos percebendo que nada nos
falta, que a tal felicidade sempre esteve do nosso lado e que tudo é uma questão
de ponto de vista.