E ela foi.
Não sem um porquê. Muitos
Tão intensos quanto a força que gerou aquele impulso de partir.
Então, ela virou e foi. E não desfez a volta. Sequer olhou
para trás.
Não se sabe qual fluxo de pensamento a arrancou daquela roda
da fortuna com a qual estava habituada.
Nem se do peito ou da cabeça saiu a ideia que foi vivida até o fim.
Ninguém olhou na sua direção.
Porque não esperavam que partisse.
Aguardavam o seu retorno, a rotina. O apego não pairava
apenas sobre ela.
E aonde dela foi?
Uma questão sem gabarito.
Na verdade, pouco importa.
Seu feito heroico está no ir, no largar, na falta de
despedida e de cartão postal na chegada.
Porque quem tem essa coragem, sempre chega onde quer.
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