E foi ali que me encontrei, no chão frio do banheiro.
Minhas pernas não aguentavam sustentar o próprio corpo, ferido e esgotado.
De tanto chorar, uma poça de lágrimas se formou sob meu ouvido.
Escutei o que elas tinham a me dizer.
Gota a gota, ouvi os lamentos da minha dor.
Fiquei ali não sei quanto tempo.
Voltei lá nem sei quantas vezes.
Mas naquele mesmo chão, deitada em posição fetal, me fortaleci.
Sendo nutrida por meus próprios fluidos.
Absorvendo todas as lições.
Enquanto me julgavam, eu me conhecia.
Enquanto me condenavam, eu me compreendia.
Enquanto me puniam, eu me libertava.
As pernas bambearam um tempo mais.
Ainda seria capaz de encher um rio com minhas lágrimas.
Os lamentos não findaram.
Só tinha como certeza o frio daquele lugar
Então, me apoiei nas minhas dúvidas e levantei. Não voltei.
Lendo, logo me veio a mente um livro: NA MARGEM DO RIO PIEDRA EU SENTEI E CHOREI - Paulo Coelho.
ResponderExcluirTem no mínimo uns 18 anos que li este livro, umas duas vezes em ocasiões diferentes no mesmo ano e aborda uma reflexão de desprendimento e/ou reconhecimento de sentimentos em um dos cápitulos. No livro o ambiente é um quarto.
Vou ler novamente, fiquei com umas cenas em mente do trajeto da personagem e um dos momentos, quando comigo acontece, volto ao livro.
Que vergonha, lembro de detalhes, mas a estória completa não.
Obrigada pela parada reflexão, mais um para o desafio pessoal de 6 meses. (30 livros). Beijo.
Dá uma olhada nas resenhas que fiz e coloca algum deles na tua lista. São livros mt bons e edificantes! Eu é que agradeço o seu comentário :*
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