Como dá medo amar o falho, o imperfeito, o que não é 100% garantido. A gente sempre espera muito daquilo que ama, porque não existe amor sem investimento de energia e tempo e vamos certamente querer o mesmo de volta, do mesmo jeito, da mesma forma, na mesma intensidade. Insuportável não receber isso.
Fazer, buscar, viver, ser o que se quer de verdade. Tudo isso é arriscado demais.
Se não vingar, perde-se tudo. Porque muitas vezes a gente tem que agir diferente do que dizem ser certo, então não se trata de mais uma ou outra frustração nas curvas da vida, mas uma derrota, a prova de que não sabemos de nada e é melhor ficar quietos no cantinho e parar de inventar moda…
Portanto, só suportamos um amor com garantias. Só que isso não existe...
Eu acho que a gente sempre sabe o que quer de verdade. Mas isso exige de nós a capacidade de perceber a felicidade no simples fato de estar vivendo aquilo que o coração tanto deseja. Isso dá uma paz pra alma! Não vai ser como pensamos, provavelmente menos festivo, menos confortável. Mas vai trazer uma vitalidade incrível, e alegria espontânea. É isso o acontece quando vivemos o que queremos, verdadeiramente.
Pra mim, o amor até começa com um sentimento, um aquecer na alma, mas pra ser de verdade, tem que ter aposta. Acho isso, quem ama investe, acredita e vai, ou fica e espera um pouco. Mas compreende que não é confortável e nem por isso se melindra e desiste. Porque vale a pena, dizem. Sentem!
Comentei sobre isso com uma pessoa iluminada que Deus/o Universo/a Força Superior botou na minha vida. Conversamos bastante sobre como o amor exige aposta e ser capaz de percebê-lo quando tem formas diferentes das nossas, e que assim mesmo é tudo amor. Aí ela me disse “bem vinda ao amor real”. Eu gostei disso.
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