segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O deserto.

Observe os ciclos.

Num momento, o florescer. Novos encontros, amizades que aquecem, abundância, conforto, segurança e amor. Reconhecemos a a felicidade e a alegria como companheiras.

Depois a estiagem. 

Uma luta constante nos acompanha e o fiel da balança pende para o outro lado, o da chateação, da decepção, tristeza constante, do cansaço físico, emocional e espiritual, da falta.

O que antes foi abundante escasseia e nos damos conta de que os tempos são outros, mesmo que não se saiba o porquê.

É assim pra mim, pra vc, pra moça sorrindo no Instagram: uma constante alternância de altos e baixos emocionais e/ou materiais.

Mas aquela aparente aridez esconde tesouros. Olhando tudo de baixo pra cima, despertamos para as minúcias da vida, para as gentilezas inesperadas, o colorido de sorrisos consoladores, o calor dos abraços de aconchego, o pouco que é multiplicado para ser doado, o esforço a mais para fazer a diferença, a beleza da fé.

Com o tempo, os nossos sentidos se aprimoram para capturar as pequenas atitudes, corriqueiras ações, despropositadas muitas vezes, mas acalentadoras.

Ao atravessar o deserto abertos à possibilidade de que ali existam grandes e transformadoras lições, podemos nos abastecer de novas visões e, depois, compartilhar. 

Portanto, quando avistar o deserto diante de você, tenha certeza de que chegou a hora de ir além.

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